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Porque você faz o que faz?

* Por Marcos Fábio Gomes Ferreira

Já estou convencido de uma coisa: não adianta querer trabalhar a melhoria da empresa se não trabalharmos a melhoria das pessoas!

São pessoas que cumprem os processos, que pagam, que recebem, que apertam os botões, que interpretam as regras para depois cumpri-las… Não precisa dizer então que, se interpretarem errado, algum prejuízo será gerado.

Sou um defensor ativo de quebrarmos o tradicional “o que você deve fazer” como forma de explicar às pessoas o seu trabalho e substituí-lo pela pergunta “você sabe o porque deve fazer?”. Quando as pessoas se perguntam o porque estou fazendo isso, acontece um verdadeiro milagre: as pessoas começam a pensar e a procurar respostas.

Me lembro agora de uma propaganda do canal FUTURA que possui o slogan “não são as respostas que movem o mundo e sim, as perguntas”. E é bem isso! Uma pergunta gera outra, que gera outra e à medida que buscamos as respostas, vamos evoluindo e nos desenvolvendo.

Me lembro agora de uma prima minha que dizia que meninos curiosos são mais inteligentes… não sei se é verdade, mas, se são curiosos, fazem mais perguntas e acabam buscando mais respostas.

Provocar as pessoas instigando nelas o “porque” provocará comportamentos mais comprometidos.

Me lembro agora de uma velha parábola sobre 03 pedreiros em um canteiro de obras… Um homem que passava pela obra perguntou ao primeiro pedreiro o que ele estava fazendo. A resposta do primeiro pedreiro foi tão objetiva que soou até como intolerante: ESTOU TECENDO TIJOLOS, NÃO ESTÁ VENDO?! Não satisfeito, o homem repetiu a pergunta ao segundo pedreiro que respondeu de forma mais amena: MEU SENHOR, ESTOU FAZENDO UMA PAREDE! Por fim, ao abordar o terceiro pedreiro com a mesma pergunta, veio a grande resposta… a resposta que separa a visão do “o que fazer” do “porque fazer”…. ESTOU AJUDANDO A CONSTRUIR UM MUNDO MELHOR, respondeu o terceiro pedreiro. Como assim, perguntou novamente o homem. Isso aqui será uma escola, revidou o terceiro pedreiro ampliando a resposta e mostrando ao homem a sua visão do “porque fazer”.

Espero que com essa parábola de autoria desconhecida, tenha conseguido explicar a vocês que, somente quando sabemos “o porquê” é que poderemos ajudar a pensar em melhorias e a dar um passo à frente sem ficar perguntando ao chefe se pode ou não.

Por fim, sabe qual o meu conselho para quem quer se desenvolver: pergunte, duvide, busque informações, formule hipóteses… Porque eu faço o que eu faço? Para que serve o que eu faço? Há um jeito melhor de fazer? Se eu não fizer bem feito, quem vai sofrer com isso? O que o cliente espera de nossa empresa? Como meu comportamento influencia nisso? Etc., etc., etc…

Bom fim de semana e boas perguntas a todos!