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E a sua marca, marca?

Postado  em 05 de fevereiro de 2016

* Por Marcos Fábio Gomes Ferreira

A sua marca, marca? Se sua marca não marca, o que faria sua marca marcar?” Esse trocadilho de minha autoria é usando por mim quando estou falando sobre estratégias empresariais, quer seja nos cursos de MBA ou em uma de minhas palestras. Seu objetivo é provocar uma reflexão sobre o principal objetivo de uma estratégia de marca: marcar as pessoas!

Uma marca é algo que ficou gravado em sua mente, em seu corpo ou mesmo em um objeto. Ela pode contar ou relembrar um momento de dor, alegria, prazer, paixão, tragédia ou, simplesmente contar uma história, tal qual as marcas que nossos antepassados deixavam gravadas nas paredes das cavernas.

Pois bem, que empresa ou pessoa não gostaria de ter sua marca reconhecida, gravada e fixada na cabeça dos clientes? Penso que todas as empresas, desde que essa marca seja positiva, pois, uma marca também pode trazer sentimentos e coisas negativas, tal qual uma cicatriz no seu corpo lhe lembrando (ou não te deixando esquecer) a todo momento de um acidente terrível, por exemplo.

Há anos a ciência do Marketing vem desenvolvendo teorias e técnicas para conquistar espaço na mente dos clientes, marcando-os de forma que um produto, empresa ou pessoa possa ser lembrado de forma tão intensa que gere nesse cliente o comportamento mais almejado: que o cliente te escolha dentre tantas opções disponíveis.

Assim, uma marca pode marcar um cliente por uma atitude, pelo design, por uma crença, pela sensação de pertencimento, por uma filosofia, por um espírito ou, até mesmo pelo cheiro, pelo sabor, por um som, pelo tato e pela visão, que é o alvo mais comum de todos os sentidos usado pelos estrategistas de marketing.

Vamos a um breve teste: que marca de bebida você lembra quando falamos de esportes radicais? Nessa, a Red Bull sai em disparada, assim como a Harley-Davidson marca gerações há anos… aliás, a Harley é um estilo de vida! E a Natura, com sua atitude de preservação do meio ambiente? A Ferrari, que mesmo existindo carros melhores, ainda é um ícone vivo no desejo de todos, inclusive daqueles que poucas vezes viram um carro.

Uma coisa é fato: essas marcas nos marcaram de forma tal, que dificilmente esqueceremos delas, mesmo já não existindo mais no mercado, como a Cica, por exemplo. Se a marca é Cica… Bons produtos indica! Lembram?.

Entretanto, a grande lição de uma estratégia de marca é que, nenhuma delas foi conquista com publicidade e sim pelo seu conteúdo! Isso significa que não há campanha que faça um produto ruim ser percebido como bom. Antes da marca ser conhecida, reconhecida e conquistar a preferência de seu público, ela precisa ser o que ela se propôs a ser, pois do contrário, mesmo que ela chegue ao sucesso, não esquentará lugar lá.

A estratégia de marca pode inclusive ser aplicada às pessoas. Tem gente que marca pela beleza, outros pela inteligência, pela oratória, por ser engraçado, pelo sorriso, por lembrar nomes ou datas… mas não só por virtudes, pois tem gente que é lembrada por ser fofoqueiro, prolixo ou exagerado.

Se você tem uma empresa, ou simplesmente é você, lembre-se que todos nós temos uma marca que pode ser melhorada, trabalhada e desenvolvida de forma que ela nos ajude a alcançar os nossos objetivos. Do marketing empresarial ao pessoal, uma marca é sempre poderosa, quando coesa e baseada em valores.

Lembre-se: a sua marca marcará quando o cliente for marcado por algo que o encante e que lhe traga um pouco de prazer e solução para suas dores. O marketing só poderá ajudar a projetar sua marca se houve o que ser projetado, comunicado e se houver atitudes positivas quer seja de uma empresa, produto ou pessoa.