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A máquina e a empresa eficiente

* Por Marcos Fábio Gomes Ferreira

Já pensaram como algumas máquinas são tão eficientes que chegam quase à perfeição! Para quem já teve a oportunidade de visitar alguma indústria automatizada, saberá do que seu estou falando. Mas, dentre todas as máquinas eficientes desse planeta, uma se destaca: o corpo humano!

Somos um pacote de absurda eficiência! Pensem na quantidade de sistemas que temos: circulatório, digestivo, urinário; linfático, nervoso, reprodutor, respiratório… Tudo funcionando de fábrica em perfeita harmonia e de forma integrada.

Obviamente, para que cada sistema funcione de forma eficiente e integrada, os órgãos (baço, bexiga rins, coração, dentes, esôfago, estômago, faringe, fígado, intestinos, etc.) precisam fazer seu trabalho e, para isso, contam com o cérebro para gerenciar, harmonizar e integrar tudo isso.

Fazendo uma analogia com uma empresa, fica a pergunta: como construir empresas eficientes como o corpo humano?

 A resposta é simples: Estruture a sua empresa sem esquecer nenhum órgão (departamentos e setores) ou sistema vital (processos). Em seguida, busque um gestor para fazer o papel de cérebro. Simples demais, não?! Já sei, você deve estar me questionando agora pelo excesso de simplicidade da coisa e já encontrando uma série de “porquês”, e “senões” na minha resposta. Claro! É isso mesmo! Vocês têm razão de questionar, pois está simples demais! E a gestão não pode ser simples, não é mesmo?

Entretanto, lembrem-se: a empresa eficiente tem as mesmas áreas e departamentos da empresa ineficiente, assim como uma pessoa bem sucedida possui os mesmo órgãos que uma pessoa mal sucedida.

A diferença é que na empresa eficiente você não vai ver a vesícula fazendo o papel do rim e nem muito menos o pulmão parando o seu trabalho para criticar o intestino grosso. Nunca veremos o coração sair do seu setor e ir até o fígado contar como foi a festa do fim de semana, enquanto o seu trabalho fica empilhado em cima da mesa. Os dentes não irão boicotar o baço pelo medo dele assumir a sua função e o cérebro, o grande gerente, sempre saberá que é impossível ele ir a algum lugar sem levar a sua equipe. Ele sabe muito bem que a sua paz e seu sossego depende da harmonia da equipe e da valorização do trabalho de cada órgão, por menor que ele seja.

Ainda assim, nessa máquina eficiente chamada corpo humano, problemas acontecem (obesidade; má digestão; gripe; etc.) e para corrigi-los, é necessário um bom diagnóstico do problema para que o remédio seja certo. Problemas também ocorrem na empresa eficiente, porém, o que diferencia uma de outra, é a forma, o tempo e o custo com que as decisões e os problemas são resolvidos.

A empresa para ser eficiente, precisa do cérebro para pensar, motivar e integrar e não para ficar fazendo, fazendo, fazendo… Enquanto o cérebro parar para fazer o papel de um órgão, nunca esse órgão irá assumir de verdade seu papel. Enquanto o cérebro não entender que se o coração está ruim e não é possível recuperá-lo com medicamentos, o remédio é trocá-lo… Se ele não entender isso e deixar o coração lá, terá de providenciar alguma medida para cumprir a função do coração. Normalmente, essa medida é apenas uma medida ilusória, temporária, cara e que jamais nos dará um corpo eficiente.

Fazer com que cada órgão faça o seu papel não significa aprisioná-lo na sua caixinha. Integrar a gestão não é deixar todos fazem tudo, mas sim, criar formas de todos enxergarem o corpo e não os órgãos de forma isolada.

O cérebro precisa exigir o papel e os resultados de cada um, apoiando-os, qualificando-os ou mesmo trancando, se necessário. Agora, ficar testando qual órgão poderia fazer o papel de outro não é sinal de inteligência e sim de teimosia. Nesse caso, o ideal é um Transplante de Cérebro!

                                                                                             

Bom fim de semana a todos!